Doença causada pelo Schistosoma mansoni, verme encontrado geralmente em água doce, a esquistossomose é considerada um problema de saúde endêmico no Brasil, ou seja, com ocorrência contínua e esperada em alguns territórios. De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), a estimativa é de que 1,5 milhão de pessoas vivem em áreas sob o risco de contrair a enfermidade, sendo os estados do Nordeste e do Sudeste os mais vulneráveis.
Atenta a esse cenário, a Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), em parceria com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco, realizou, em Juazeiro do Norte (CE), o Curso Básico de Diagnóstico Laboratorial da Esquistossomose Mansoni e Geo-Helmintos.
A capacitação ocorreu entre os últimos dias 11 e 15 de agosto, objetivando atualizar e desenvolver conhecimento dos profissionais que lidam diretamente com a notificação desses agravos, no âmbito dos laboratórios de diagnóstico e da Rede de Vigilância. Cerca de 15 alunos fizeram parte da turma, que contemplou representantes de toda a Região de Saúde (RS) do Cariri.
Aperfeiçoamento constante
O bioquímico Jofran Monteiro foi um dos participantes e classificou o curso como uma oportunidade de aperfeiçoar práticas e processos de trabalho. “A busca pela qualificação e o aperfeiçoamento da técnica no campo da pesquisa de esquistossomose, sem dúvidas, vai agregar muito nas nossas ações cotidianas, uma vez que é por por meio do trabalho que executamos, seja a partir da vigilância ou do controle desses vetores, que contribuímos com a melhoria dos indicadores de saúde na nossa região”, pontuou.
Durante o período de aprendizagem, que teve duração de 40 horas e foi composto por três unidades didáticas, os alunos ampliaram o entendimento sobre a esquistossomose enquanto problema de saúde pública e foram treinados para aplicação da técnica de Kato-Katz. A aplicação correta desse método é fundamental para a detecção precoce da infecção, contribuindo para o tratamento dos pacientes e o controle epidemiológico da doença.
Para a biomédica Maria Aldenir dos Santos Silva, a busca por um conhecimento complementar às habilidades já praticadas por ela no dia a dia foi o que a motivou a ingressar na qualificação.
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